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No País das maravilhas (voltando ao lar)

Posted on: junho 23, 2011

Em 2009, eu, Daniela Name, Flávia Rocha e Bárbara Pereira decidimos criar um blog em conjunto, depois de uma noite divertida regada a muito vinho. Dali nasceu o “Princesa é Uma Ova“. Infelizmente, a vida atribulada nos afastou do blog e das conversas divertidas regadas a vinho, mas não da amizade, que fique bem claro 😉

Assim, com muita saudade daqui, do meu blog companheiro de anos, decidi retornar ao lar republicando o post de .  A inspiração para o post foi o que pensávamos sobre as princesas dos contos de fada, e a minha “princesa” escolhida foi a Alice, bem antes do Tim Burton confundir todo mundo.

Enfim, leiam o post, que me agradou muito. Por isso quis trazê-lo para cá:

Existem milhares de leituras para “Alice no País das Maravilhas”, conjecturas sobre Lewis Carroll e sua predileção por meninas muito novas, apologia a drogas e por aí vai num mar de interpretações psicoanalíticas. Com certeza ela é o personagem fictício que mais me facina desde muito novinha, quando comecei a me interessar por “estórias de princesas”. Confesso que sempre achei Branca de Neve chata e a Bela Adormecida burra, porque chega num ponto que teimosia vira burrice.

Lembro de pensar, “Por que a Branca de Neve fugia daquele castelo incrível, se ele era dela?” Ah! Colocava a mocréia invejosa da madrasta pra correr e convidava o príncipe pra morar lá.  E A Bela Adormecida então, melhor nem começar… Por isso Alice.

Alice era divertida, curiosa. Caiu num lugar esquisito, completamente diferente do mundo dela e soube aproveitar. Tudo porque estava um dia no seu canto morrendo de tédio, quando viu um coelho branco passar correndo dizendo que estava com pressa. Claro que, como qualquer pessoa antenada, logo achou que ele devia estar indo pra algum lugar muito interessante e o seguiu. Caiu no País das Maravilhas e descobriu que ali era bem legal.

A comida e a bebida davam barato. O pessoal era divertido e acabou fazendo amizades interesantes, como um chapeleiro maluco e uma lagarta doidona. Conheceu um pessoal meio sem noção também, como um gato que ficava pertubando e uma rainha maluca que tinha mania de cortar cabeças. Porque toda pessoa interessante chama atenção e sempre surgem uns ‘sem noção’ pra tentar acabar com a festa.

Mas Alice aproveitou ao máximo e sem um príncipe mala no pé. Encontrou alguns problemas pelo caminho, mas resolveu todos sozinha e com muita classe. Aí é que Alice se torna a mais humana de todas as princesas. Ela acaba se metendo em algumas enrascadas, mas quem nunca foi como ela que atire a primeira pedra. Afinal para poder viver uma vida bacana é preciso experimentar, correr atrás, tropeçar, se aborrecer, mas no fim acaba sendo uma experiência maravilhosa.

Tenho certeza que Alice quando voltou pra casa depois de tudo, olhou pra trás e não se arrependeu de nada. Porque em todos os momentos de apuro ela se meteu sozinha, mas também saiu sozinha. Claro que alguns momentos os amigos ajudaram. Agora, também, qual a graça de viver uma experiência incrível e não ter nenhum amigo por perto?

Alice, ali logo do lado da Cinderela, é a princesa descolada, que quer se divertir e conhecer pessoas e lugares incríveis. Se no fim das contas ainda aparecer um príncipe (como aparece em “Alice Através do Espelho”) é mais um bônus que a gente aceita de bom grado.

 Não é de admirar que a moça virou filme do descoladérrimo Tim Burton. 


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